Arminianismo vs Calvinismo Minha opinião!
“Apesar das diferenças marcantes, é importante destacar que muitas igrejas e teólogos cristãos buscam uma compreensão equilibrada dessas perspectivas.”
Arminianismo e Calvinismo: Compreendendo as Diferenças Teológicas
O cristianismo é marcado por diversas correntes teológicas que moldaram a fé ao longo dos séculos. Duas dessas correntes, o Arminianismo e o Calvinismo, têm sido temas de debates intensos entre teólogos e fiéis. Ambas surgiram durante a Reforma Protestante no século XVI, liderada por figuras como Jacobus Arminius e João Calvino, e continuam a influenciar as doutrinas de diversas denominações cristãs.
O Arminianismo: Livre-Arbítrio e a Graça Resistível
O Arminianismo, nomeado após Jacobus Arminius, destaca-se por sua ênfase no livre-arbítrio humano. Os seguidores dessa perspectiva acreditam que Deus oferece a graça de maneira universal, mas cabe ao indivíduo aceitá-la ou rejeitá-la. A salvação, portanto, é vista como condicional à resposta humana à oferta divina.
Além disso, o Arminianismo defende a ideia da graça resistível, o que significa que, mesmo após receber a graça divina, uma pessoa pode escolher afastar-se dela. Essa visão reflete a crença de que a salvação pode ser perdida se alguém escolher conscientemente se afastar da fé.
O Calvinismo: Predestinação e a Soberania Divina
Por outro lado, o Calvinismo, associado a João Calvino, destaca-se por sua ênfase na soberania absoluta de Deus e na doutrina da eleição. Os calvinistas creem que Deus, em Sua onisciência, escolheu desde a eternidade aqueles que serão salvos, independentemente de qualquer mérito humano. Esse conceito é conhecido como eleição incondicional.
A doutrina calvinista também abraça a irresistibilidade da graça, acreditando que, quando Deus chama alguém para a salvação, essa pessoa inevitavelmente responderá positivamente. A perseverança dos santos é outra crença calvinista que sustenta que aqueles escolhidos por Deus permanecerão fiéis até o fim.
Pontos de Conflito e Coexistência
Apesar das diferenças marcantes, é importante destacar que muitas igrejas e teólogos cristãos buscam uma compreensão equilibrada dessas perspectivas. Algumas denominações adotam uma abordagem sinérgica, tentando harmonizar elementos do Arminianismo e do Calvinismo, a fim de promover uma visão mais inclusiva da fé.
Em última análise, tanto o Arminianismo quanto o Calvinismo têm como objetivo central a exaltação de Deus e a compreensão da relação entre a Sua soberania e a responsabilidade humana. Apesar das divergências, essas correntes teológicas contribuem ricamente para a teologia cristã, desafiando os crentes a aprofundar sua compreensão da graça divina e da jornada da fé.
Reflexões sobre Arminianismo e Calvinismo: A Graça Divina em Perspectiva
Acredito que, deste lado do céu, não há maneira de o homem se salvar por si só. Se não fosse pela intervenção de Deus, jamais conseguiríamos alcançar a vida eterna. É crucial admitir que a maioria de nós não possui um conhecimento profundo sobre esse assunto. Essas visões teológicas exercem uma grande influência em nossa compreensão do evangelho e em como ele atua na vida do homem pecador. Estas visões estão diretamente ligadas à nossa compreensão sobre a salvação.
Querendo ou não, a maneira como acreditamos que Deus nos salva certamente vem da abordagem soteriológica transmitida por nossos líderes espirituais. Embora eu tenha sido sempre parte de uma igreja com uma visão mais arminiana, com o tempo fui convencido de que a abordagem calvinista atribui a Deus uma glória maior, pois destaca o aspecto soberano da graça divina. Ele ama quem quer e aborrece quem quer, como está escrito: “Amei a Jacó, e odiei Esaú” (Romanos 9:13).
Percebo que no arminianismo há uma tentativa de justificar os atos de Deus em relação à razão das pessoas, atribuindo a Deus um senso de justiça semelhante ao nosso ou presumindo que Deus pensa como nós. Isso é como tentar usar uma régua moral de meio metro para medir Aquele que é infinito. Dizem: “Se Deus escolheu alguns e não outros, então Deus é injusto, pois não dá a todos a mesma chance!” Mas, considerando a justiça humana, todos nós somos como o imundo, e nossas justiças são como trapos de imundície (Isaías 64:6).
O fato é que quem pode medir a mente do Senhor? Não estou sugerindo que alguém tente fazer isso, pois esta é apenas a minha reflexão sobre o tema. O mais importante é que, independentemente da nossa posição em relação a essas duas perspectivas teológicas, nossa salvação depende única e exclusivamente de Jesus Cristo e do que Ele fez por nós na cruz.
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